segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Religiões - Afro-brasileiras

O universo das religiões afro-brasileiras é bastante complexo, visto que diferentes grupos étnicos deram origem a uma constelação de denominações religiosas. Nosso estudo concentra-se fundamentalmente em dois grandes grupos: a umbanda e o candomblé.
UMBANDA
Roger Bastide escreveu que a umbanda é a "nova religião dos brasileiros". Camargo disse que o crescimento da umbanda é comparável somente à vertiginosa expansão do pentecostalismo.
Para compreendermos de onde vem essa forma religiosa temos que entender sua origem no Brasil e o contexto no qual ela se desenvolve.
Origem africana?
Entre os negros que foram trazidos ao Brasil durante o período da escravidão, un grupo significativo provinha das culturas Bantos (área angolo-congolesa da Costa Ocidental e da Costa Oriental). Religiosamente, os Bantos conheciam o Ser-Supremo, denominado Zambi, mas suas práticas religiosas eram voltadas principalmente para o culto dos ancestrais, seres mortos que se comunicavam com os vivos através do processo da "possessão".
Os Bantos, cuja experiência religiosa era voltada para os antepassados, predominaram no sudeste brasileiro, nas áreas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
A respeito do caráter negro da umbanda, a questão é bastante complexa. Mesmo admitindo uma herança africana de origem banto, pelo mesmo processo como essa religião foi se constituindo, evidencia-se que a "sociedade branca" foi se apossando desse movimento religioso.
Desde seu surgimento no Brasil, a umbanda passou por um processo acentuado de embranquecimento. Essa ideologia propõe o branco como ideal a ser alcançado e, conseqüentemente, cria mecanismos para a fusão e o desaparecimento das outras etnias.

Uma sessão de Umbanda com espadas militares invocando Ogum que se associa a São Jorge
É paradoxal, mas a umbanda nasce e se desenvolve neste clima que alimenta a negação do negro, mas aceitando, também, os pretos velhos como entidades benéficas que descem no terreiro.
É o reflexo de uma sociedade ambivalente e ambígua. Fala de democracia racial, mas o modelo é dos países brancos desenvolvidos; teoriza a harmonia das raças, quando, no entanto, as favelas estão cheias de negros.
Se, de um lado, exsiste um projeto de atenuar as diferenças, de outro, o que se oculta é uma grande desigualdade racial e estrutural.
Surgimento da umbanda
A questão do surgimento desse grupo religioso no Brasil é, ainda hoje, sujeita a controvérsia, mesmo entre os umbandistas.
Alguns insistem em afirmar a descendência dessa religião das formas africanas introduzidas no Brasil nos anos da escravidão.
A maioria dos estudiosos concorda em dizer que houve uma fusão entre a macumba e o espiritismo de Allan Kardec. Esse processo parece ter começado nos anos 1920 ou 1930. Um grupo da população branca e pobre que já tinha tido uma ligação com o espiritismo, cansado com o extremo intelectualismo desse último, procurou se aproximar da macumba e de suas formas vibrantes. Surgiu um conjunto religioso que se denominou "umbanda".
Segundo a antropóloga Diana Brown, outros elementos religiosos foram se incorporando à umbanda: a feitiçaria e as práticas mágicas que parecem ter atingido no Rio neste tempo um grau de extraordinário desenvolvimento; e o Catolicismo que foi se associando, a partir do período da escravidão, a algumas religiões africanas.
O primeiro centro religioso

Oferecer comida ao orixá tem por objetivo básico a troca de energia e o champagne substitui a tracional bebida dos orixás - a aluá
É do relato de Diana Brown que aprendemos como surgiu o primeiro centro de umbanda. Conforme conta, por volta de 1920, um jovem de nome Zélio Moraes ficou paralítico. Diante do fracasso do tratamento médico, seu pai, corretor de imóveis em Niterói e adepto do kardecismo, levou-o para uma consulta na Federação Espírita Brasileira, no Rio. Lá, a entidade espiritual de um padre jesuíta disse-lhes que ele devia fundar uma nova religião. Devia ser uma religião tipicamente brasileira dedicada à veneração de espíritos de caboclos, índios e pretos velhos. Esses mesmos espíritos tinham sido excluídos das sessões do espiritismo de Allan Kardec.
Logo depois, Zélio recebeu a visita do caboclo das Sete Encruzilhadas. Foi-lhe dito que fundasse uma nova religião chamada umbanda. Assim, começou o primeiro centro de umbanda: o Centro Espírita Nossa Senhora da Piedade. Em 1938, depois de anos de mudanças, o centro instalou-se num grande prédio do centro do Rio, onde continua até hoje.
A ilusão da democracia racial
O período aproximado do surgimento da umbanda (1920 ou 1930) é uma época em que no Brasil se inicia o processo de industrialização. Com a industrialização as grandes cidades do Sul do Brasil incham-se de novas forças de trabalho. A urbanização começa a se afirmar e a mover grandes passos.
É uma época, também, em que, politicamente, se percebe a necessidade de dar um rosto a tantos povos, através da unificação, de fato, de uma nação. Getúlio Vargas, então presidente, preocupa-se em criar um novo conceito, o de nacionalidade, algo que pudesse favorecer uma identidade aos "muitos" brasileiros.
Culturalmente, surge neste período a obra prima de Gilberto Freire: "Casa Grande e Senzala".
Existe neste escrito uma preocupação em unificar o diverso e estabalecer um suporte a uma nação que está se reconhecendo como tal. Miscigenação racial e democracia racial são termos apropriados para definir uma identidade de um povo variado e diversificado.
É nesse contexto que surge a umbanda com o projeto de integrar raças e etnias diferentes, criando a harmonia de uma nação. O pai de santo umbandista incorpora dentro de si, numa mesma pessoa, as três etnias e, num ritual religioso, faz desaparecer as diferenças, fundindo as três raças.
Essa questão que elimina as diversidades, a favor de um suposta unidade, de fato, consegue abolir as divergências e as contradições, mas se insere num processo mais sutil de integração. Quando se afirma que a umbanda é uma religião "integradora" do negro na sociedade moderna e lhe favorece uma identidade, significa dissolver a especificidade da cultura negra com o intuito de esconder a real situação do negro. Nega-se, portanto, o potencial desse povo a favor de uma democracia racial. A ideologia do branqueamento perpassa constantemente a realidade da religião umbandista.
O crescimento dos terreiros de umbanda
No Brasil como um todo , é quase impossível determinar o número dos adeptos e dos freqüentadores da umbanda. Antes de tudo, essa forma religiosa só entrou no recenseamento em 1965 e, depois, a maioria continua se declarando católica, mesmo que tenha uma freqüência regular da umbanda. Pesquisas mais detalhadas foram empreendidas na cidade de São Paulo pelos pesquisadores Concone e Negrão do Centro de Estudos da Religião (CER). Pesquisando em 1982 os Cartórios de Registros de Títulos e Documentos, os dois especialistas encontraram que, em São Paulo, havia 16.600 lugares em que se praticavam as religiões mediúnicas. As casas de culto eram assim distribuídas: 12.960 terreiros de umbanda, 2.467 centros espíritas e 1.173 tendas de candomblé.
Numa comparação mais detalhada de dados, percebe-se o acentuado crescimento da umbanda. Na década de 30, encontravam-se registrados 27 terreiros; na década de 40, mais 48 terreiros; nos anos 50, mais 1025; na década de 60, 2.836 novas casas de culto foram registradas. No ano de 1982, o total dos terreiros somava o número significativo de 12.960 unidades. Se admitirmos que nem todos os lugares de culto se encontram registrados, chega-se à conclusão de que os índices seriam ainda maiores.
Dar um rosto
O primeiro dos anseios da população que a umbanda quer satisfazer é dar um rosto a indivíduos que se desintegraram no processo migratório. Desenraizados de seu mundo e sem nenhuma referência a valores familiares compartilhados pelos vizinhos, esses indivíduos vivem no vazio e sem identidade. O outro mundo e a cidade grande reduziram-nos a números e a conglomerados. O terreiro apresenta-se, muitas vezes, como o lugar de encontro. Logo de início, aparece a figura da mãe de santo, acolhedora e familiar. Os adeptos chamam-se de irmãos entre si. A visão do mundo adapta-se melhor a um ambiente urbanizado. Também as ligações primárias são reconstruídas, isto é, as ligações com os membros da família e dos vizinhos são recuperadas.
Aliviando tensões
O aspecto terapêutico também desempenha um papel notável. Diante de um sistema de saúde falho e precário; diante de uma acentuação de doenças psicossomáticas (isto é, de doenças do corpo ligadas a problemas psicológicos) que nascem das migrações violentas; e diante de uma instabilidade social e econômica sempre mais difícil de se lidar, a umbanda apresenta-se como aliviadora de tensões.
A inserção da umbanda em seu contexto cultural e social permite-nos identificar as falhas de uma sociedade excludente e, também, a exacerbação de necessidades que geram ainda mais a desconfiança e a insegurança.
O jeitinho e a malandragem
Um antropólogo de origem inglesa, radicado no Brasil, chamou a atenção para um aspecto que a primeira vista maravilhou a muitos. Peter Fry sustentava que a umbanda é preferida pelas pessoas que, diariamente, estão acostumadas a manipular através do jeitinho e da malandragem. A manipulação das entidades para obter favores insere-se num fundo de uma vida recheada de jeitinhos e favores.
Neste sentido a umbanda parece espelhar uma particular maneira de ser do capitalismo brasileiro e o reforça. Mostra que o sucesso na vida pode ser obtido não necessariamente através de canais oficiais de trabalho e estudo, mas também pela manipulação de relacionamentos pessoais, pedidos de favor e troca de benefícios.

A umbanda como religião
Os estudiosos costumam dividir as religiões em duas grandes categorias: as que ficam restritas a um grupo étnico (povo, raça, etc.) e as que vão além de um só grupo.
Sem dúvida, a umbanda pertence à segunda categoria. Desde seu aparecimento no Brasil, ela se apresentou como uma religião presente em diferentes raças e classes sociais. Diferentes revistas e jornais apresentam a umbanda como um movimento que cruza fronteiras e cujo culto já chega à Argentina, ao Uruguay, aos Estados Unidos e até à Itália.
Para entender melhor essa forma religiosa, podemos analisar cinco dimensões que, sempre segundo os estudiosos da história das religiões, caracterizam uma religião presente em diferentes camadas sociais.
As dimensões são as seguintes:
  1. o grupo de fiéis;
  2. a cosmovisão ou a ideologia;
  3. a experiência religiosa;
  4. a ética ou o conjunto de princípios de comportamento;
  5. o ritual.
1. O grupo dos fiéis
Quando uma pessoa procura a umbanda, é recebida por um grupo com o qual é fácil relacionar-se. Trata-se, em geral, de um grupo relativamente pequeno e, logo de início, se estabelece uma intensa ligação afetiva. A figura da mãe ou do pai de santo é extremamente acolhedora, transmitindo muita segurança. A pessoa sente-se em casa.
O pequeno grupo ajuda a reconstruir os laços que foram quebrados de diferentes maneiras, muitas vezes por causa de uma migração forçada, vencendo assim o anonimato e a massificação que constituem uma grande ameaça para qualquer um. Nasce, portanto, uma nova e gratificante experiência de relações entre pessoas: todos se entendem logo.
Isso não quer dizer que tudo seja paz no mundo da umbanda. Há "guerra de santos e de orixás" e há também muitas tensões no relacionamento. O processo pelo qual surge um novo terreiro é, muitas vezes, causado por dissenções internas, por rivalidades e desentendimentos. Também é verdade que o pai ou a mãe de santo nem sempre conseguem controlar as ansiedades.
Vale para a umbanda o que Rudolph Otto diz de todo poder sagrado: ele exerce uma grande fascinação e ao mesmo tempo atemoriza.
2. A cosmovisão ou a ideologia
Cosmovisão é uma palavra que se refere à maneira como alguém vê o mundo. Inclui também as respostas que são dadas aos grandes porquêsda vida humana.
Cada grupo religioso tem sua cosmovisão. Também a umbanda oferece respostas plausíveis, concretas, imediatas e eficazes.
Eis um caso concreto que ajuda a entender o que queremos dizer. Dona Joana, afetada por uma doença nervosa, depois de ter procurado inutilmente médicos e psicólogos, é convidada a visitar un terreiro. Seu problema de loucura é logo detectado: trata-se de sete encostos que atrapalham sua vida.
O que foi que aconteceu e que deve ser atentamente analisado? Foi dada uma explicação concreta. Estabeleceu-se uma ordem no caos da cabeça da mulher. Dona Joana entendeu a explicação porque foi explicada com elementos que fazem parte do dia-a-dia da gente humilde.
A sintonia com a maneira de pensar e de falar dos fiéis e a rapidez com que é feito o diagnóstico tornam a visão do mundo extremamente eficaz. Essa rapidez de interpretação traz alívio, esclarece o problema e pode ser um começo de cura.
Religiosidade popular
O mundo da umbanda é povoado de espíritos e entidades espirituais que regulam a vida quotidiana e permitem que o fiel se relacione facilmente com o universo das realidades sagradas.
Essa maneira de ver o mundo não é prerrogativa do universo umbandista, mas é facilmente encontrada em toda forma de religiosidade popular. A religiosidade dos católicos de origem rural tem seu mundo povoado de almas e santos que interferem constantemente na vida diária.
Historicamente, houve uma associação entre entidades espirituais da umbanda e os santos católicos de devoção, como visualiza muito bem o quadro da construção simbólica da umbanda num texto de Gabriel Chester (Cfr. p. 9)
A umbanda, portanto, mergulha no tipo de crença religiosa que revela a interferência do espiritual sobre o cotidiano: é o mundo espiritual que regula e harmoniza as coisas.
3. A experiência religiosa
O que marca em profundidade o participante da umbanda é a experiência religiosa. Essa experiência de contato com a divindade acontece em dois momentos: o primeiro momento é o inicial, quando o adepto tem a impressão de estar sendo chamado por um determinado espírito; o segundo, durante o momento ritual, quando a entidade continua tomando conta da pessoa.
No começo
Cada pai de santo ou filho de santo conta que, no começo de sua iniciação, houve uma experiência muito intensa de contato com a divindade, quase sempre motivada por um sofrimento muito intenso e sem uma explicação plausível.
Esse sofrimento inicial é interpretado como condicionado ou produzido por forças de outra ordem que a sociedade circunstante, muitas vezes, não compreende e estigmatiza como manifestação da loucura.
A pessoa atingida por essa experiência procura resistir e não quer se entregar a esta possível explicação. Tal resistência e sua persistência, porém, indicam a inelutabilidade do caminho a ser seguido.
No fim, a aceitação acarreta uma atitude de alívio e comporta uma missão no seio da comunidade. Um pai de santo conta: "Não vou me importar com aquilo que as pessoas pensem ou digam. O suficiente é que eu saiba o que eu estou fazendo. Porque eu não quero nada para prejudicar ninguém. Se for para ajudar a aliviar a dor dos meus semelhantes, eu aceito de bom gosto. Eu aceito também para aliviar a minha dor."
No ritual
Há momentos em que a experiência mística é vivenciada em toda a sua intensidade e que acontece durante o momento ritual da descida das entidades. Usualmente, esse momento é chamado de "transe". A entidade espiritual toma conta do sujeito, o qual lhe empresta sua própria pessoa. Há um contato direto com as divindades. O êxtase, a descida dos espíritos e a possessão recompõem a unidade com o sagrado, aliviam o fiel crente e permite que a cura se realize e que a situação problemática seja sanada.



4. A ética
Toda religião tem conseqüências éticas ou morais. A ética é um código de valores diretamente ligada à visão de mundo. A umbanda sustenta-se num universo povoado por espíritos e entidades que regulam o ritmo da vida cotidiana. A relação que se estabelece entre pessoas e deuses orienta, também, o comportamento dos seres humanos entre si.
Visão do mundo e relações humanas
Se, de um lado, as entidades espirituais ajudam a estabelecer uma ordem no caos da vida diária, há seres, porém, que podem atrapalhar. É exigido, neste caso, um ritual para apaziguar e tornar benévolos esses seres. As entidades negativas não podem ser expulsas de uma só vez; nem isso seria possível. A umbanda precisa exorcizar o mal para que, uma vez domesticado, possa concorrer para o bem.
Há, portanto, um aliciamento dos exus (entidades ambíguas), para que possam ajudar a sessão ritual e a vida do adepto. O equilíbrio acontece, antes, numa composição de forças aparentemente contrastantes.
O mesmo princípio traduz-se, também, na vida cotidiana e no relacionamento entre as pessoas. O que se apresenta marginal e desviante na nossa sociedade não é excluído e eliminado, mas aliciado e assumido dentro da umbanda. As prostitutas, os homossexuais, os bandidos têm um lugar aceito dentro desta forma religiosa.
A caridade
O elemento que permite uma rearticulação de forças antagônicas é a caridade. É ela que possibilita uma harmonia entre opostos. É um elo imprescindível de equilíbrio e inclusão. Daí a ênfase dada na umbanda à caridade.
A mesma doença, em todos suas manifestações, é sempre uma alteração de um equilíbrio entre dois pólos: o positivo e o negativo. É, como tal, a pontualização de um conflito em que há brigas de entidades. Fazer obrigações, fazer o bem a quem precisa, ajuda a controlar o estado de ansiedade, proporciona um alívio e pode permitir a cura.
5. O ritual umbandista
Toda religião tem um ritual simples ou complexo. A umbanda é um movimento religioso centrado quase que exclusivamente no ritual.
O grupo religioso encontra-se e reúne-se para celebrar os momentos da vida. O primeiro contacto que um novo adepto tem com o grupo é sempre durante a sessão ritual.
A mesma cosmovisão é apreendida durante o rito. É alí que se vê, se experimenta e se assume uma particular maneira de ver a realidade. Esse saber é fruto não tanto de explicações teóricas e de doutrinas, mas de uma aprendizagem por contaminação.
Também a experiência mística é vivida em toda sua intensidade durante o momento ritual. As entidades espirituais descem nas pessoas que fazem parte do grupo religioso e que estão participando do ritual.
Por último, também, a prática da caridade, como momento ético privilegiado, dá-se principalmente durante o momento ritual. É ali que os espíritos descem para trabalhar e cumprir sua missão. Praticam a caridade na terra, mitigando os sofrimentos dos consulentes e aliviando os problemas das pessoas. Os pretos velhos e os caboclos sugerem que a dor não pode ser entendida como algo de negativo, mas como purificação, aceitação e catarse.
OS VÁRIOS MOMENTOS DO RITUAL UMBANDISTA
Cantos introdutórios: várias músicas são cantadas e prepara-se o ambiente da sessão.
Defumações: são incensados os médiuns individualmente e o povo como um todo.
Chegada do pai de santo que dá início à sessão.
O pai de santo entra em transe e incorpora as entidades espirituais.
Os médiuns e os filhos de santo entram em transe. Começa o aconselhamento e a cura.
Antes de terminar a sessão, há compromissos com os orixás. A sessão termina com saudações.

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