A expectativa para que a gravidez venha logo é grande. Mas, junto com ela, vem o desejo de que o bebê seja de determinado sexo. Uma das histórias populares que evolve o assunto é em relação ao período da ovulação.
A apresentadora da Rede Globo Angélica revelou em uma entrevista que usou uma “tática” popular para definir o sexo do seu terceiro filho, que deve nascer em setembro. Coincidência ou não, a apresentadora está grávida de uma menina, como desejava.
A ligação entre o dia da concepção e o sexo do bebê surgiu porque, teoricamente, o espermatozoide masculino seria mais rápido do que o feminino. Desse modo, se o casal mantivesse relações sexuais um dia antes da ovulação, o bebê seria menina. Para relações no próprio dia da ovulação, a chance de nascer um menino seria maior.
Outro mito que gira em torno do tema é sobre determinadas posições sexuais. Sexo com penetração mais profunda daria ao casal chances maiores de gerar um menino. Se o ato sexual envolver penetrações menos intensas, a probabilidade de engravidar de uma menina seria maior.
Biologicamente, o sexo do bebê é definido pelos espermatozoides. Eles se dividem em masculinos e femininos.
Antes da abolição da escravatura em 1888, os negros escravizados fugidos das fazendas, reuniam-se em lugares afastados nas florestas em agrupamentos ou comunidades chamadas quilombos, depois da libertação, os africanos libertos reuniam-se em comunidades nas cidades que passaram a chamar de candomblé. Candomblé é o nome genérico que se dá para todas as casas de candomblé independente da nação. A palavra candomblé a princípio era usado para designar qualquer festa dos africanos, teria sua origem nas línguas bantu da palavra Candombe que no Uruguai é um ritmo musical afro-uruguaio que deve existir também em outros países que receberam escravos africanos.
No candomblé o período de iniciação é de no mínimo sete anos, se inserem osrituais de passagem, que indicam os vários procedimentos dentro de um período de reclusão que geralmente é de 21 dias (podendo chegar a 30 dias dependendo da região), o aprendizado de rezas, cantigas, línguas sagradas, uso das folhas (folhas sagradas), catulagem, raspagem, pintura, imposição do adoxú e apresentação pública, é individual e faz parte dos preceitos de cada pessoa que entra para a religião dos orixás.
No Candomblé Jeje a iniciação ao culto dos voduns é complexa e longa, de no mínimo sete anos, o período de reclusão pode chegar a durar um ano, que pode envolver longas caminhadas a santuários e mercados, dentro do convento ou terreiro hunkpame, onde os neófitos são submetidos a uma dura rotina de danças, preces, aprendizagem de línguas sagradas e votos de segredo e obediência.
Quando uma pessoa iniciada morre é feito o desligamento do Egum, Nvumbe na cerimônia fúnebre e no Axexê, conhecido pelos nomes de sirrum e zerim, que varia dependendo do grau iniciático do morto.
Na Umbanda e Quimbanda não incluem os ritos de passagem, nem feitura de santo propriamente dita, uma vez que não incorporamOrixás incorporam os Falangeiros de Orixás, usa-se o termo fazer a cabeça onde pode existir a catulagem e pintura, porém a cabeça não é raspada completamente, e não tem imposição do adoxú. A reclusão nesses casos é de três a sete dias, é feita a instrução esotérica, aprendizado das rezas e pontos riscados e cantados, e é feita a apresentação pública.
O Babaçuê é de origem indigena, porém já adota algumas influências da Umbanda.
O "Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira" (Cenarab), a Baixada Fluminense tem 3,8 mil terreiros contra apenas 1,2 mil na área de Salvador e do Recôncavo Baiano, informação dada por Jairo Pereira, do Cenarab em 1997.
De todas as religiões afro-brasileiras, a mais próxima da Doutrina Espírita é um segmento (linha) da Umbanda denominado de "Umbanda branca", e que não tem nenhuma ligação com o Candomblé, o Xambá, o Xangô do Recife ou o Batuque. Embora popularmente se acredite que estas últimas sejam um tipo de "espiritismo", na realidade trata-se de religiões iniciáticas animistas, que não partilham nenhum dos ensinamentos relacionados com a Doutrina Espírita. Entretanto, outros segmentos da Umbanda podem ter algumas semelhanças com a Doutrina Espírita, mas também com o Candomblé por causa da figura dos Orixás.
No tocante específicamente ao Candomblé, crê-se na sobrevivência da alma após a morte física (os Eguns), e na existência de espíritos ancestrais que, caso divinizados (os Orixás, cultuados coletivamente), não materializam; caso não divinizados (os Egungun), materializam em vestes próprias para estarem em contacto com os seus descendentes (os vivos), cantando, falando, dando conselhos e auxiliando espiritualmente a sua comunidade. Observa-se que o conceito de "materialização" no Candomblé, é diferente do de "incorporação" na Umbanda ou na Doutrina Espírita.
Em princípio os Orixás só se apresentam nas festas e obrigações para dançar e serem homenageados. Não dão consulta ao público assistente, mas podem eventualmente falar com membros da família ou da casa para deixar algum recado para o filho. O normal é os Orixás se expressarem através do jogo de Ifá, (oráculo) e merindilogun.
Dependendo da nação ou linha de candomblé, os candomblés tradicionais não fazem a princípio contato com espíritos através da incorporação para consultas, é possível mas não é aceito.
Já o candomblé de caboclo tem uma ligação muito forte com caboclos e exus que incorporam para dar consultas, os caboclos são diferentes da Umbanda.
E existem os candomblés cujos pais de santo eram da Umbanda e passaram para o candomblé que cultuam paralelamente osOrixás e os guias de Umbanda.
No Candomblé, todo e qualquer espírito deve ser afastado principalmente na hora da iniciação, para não correr o risco de um deles incorporar na pessoa e se passar por orixá, o Iyawo recolhido é monitorado dia e noite, recorrendo-se ao Ifá ou jogo de búzios para detectar a sua presença. A cerimónia só ocorre quando este confirma a ausência de Eguns no ambiente de recolhimento.
Afastam todo e qualquer espírito (egun), ou almas penadas, forças negativas, influências negativas trazidas por pessoas de fora da comunidade. Acredita-se que pessoas trazem consigo boas e más influências, bons e maus acompanhantes (espíritos), através do jogo de Ifá poderá se determinar se essas influências são de nascimento Odu, de destino ou adquiridas de alguma forma.
Os espíritos são cultuados, nas casas de Candomblé, em uma casa em separado, sendo homenageados diariamente uma vez que, como Exú, são considerados protetores da comunidade.
Existem Orixás que já viveram na terra, como Xangô, Oyá, Ogun, Oxossi, viveram e morreram, os que fizeram parte da criação do mundo esses só vieram para criar o mundo e retiraram-se para o Orun, o caso de Obatalá, e outros chamados Orixá funfun (branco).
Existem as árvores sagradas que são as mesmas das religiões tradicionais africanas onde Orixás são cultuados pela comunidade como é o caso de Iroko, Apaoká, Akoko, e também os orixás individuais de cada pessoa que é uma parte do Orixá em si e são a ligação da pessoa, iniciada com o Orixá divinizado.
Ou seja uma pessoa que é de Xangô, seu orixá individual é uma parte daquele Xangô divinizado com todas as características, ou como chamam arquétipo.
Existe muita discussão sobre o assunto: uns dizem que o Orixá pessoal é uma manifestação de dentro para fora, do Eu de cada um ligado ao orixá divinizado, outros dizem ser uma incorporação mas é rejeitada por muitos membros do candomblé, justificam que nem o culto aos Egungun é de incorporação e sim de materialização. Espíritos (Eguns) são despachados (afastados) antes de toda cerimônia ou iniciação do candomblé.
Manga rosa, uvas, pêra, maçã, mamão,morango, melão, laranja, banana, figo, ameixas, romã, grosselha, pêssego, pitanga, framboesa, cajá, caqui, *jenipapo e *tamarindo - *(Oya Igbale). No Batuque-RS manga, maçã, pitanga.
OGUM
manga, ameixas, amoras, abacate, *caju (Ogum Xoroque), cajá manga, jenipapo, laranja . No Batuque-RS laranja, marmelo e cana.
LOGUM
todas da natureza, de preferência melão, pêra, maça, uva, mamão
XANGO
Todas da natureza, de preferencia nas cores da terra, ou avermelhadas.
No Batuque-RS banana, pêssego, ameixa branca e maçã
OXUM
melão, mamão, pêra, uva, morango, banana da terra, banana ouro, laranja Bahia, maracujá, damasco,goiaba. No Batuque-RS maçã, bergamota, Pêssego, mamão. Djeje - banana ouro, a melancia e o caja manga
OBÁ
maça, melancia, morango, abóbora moranga, banana da terra, framboesa, manga rosa. No Batuque-RS abacaxi e romã
YEWA
banana da terra, banana de são Tomé, uva, ameixa, morango, pêssegos, abacaxi, zimbro, amendoa
melão, mamão, manga, banana, mexerica, uvas de todas as espécies, abacaxi, laranja, banana prata, carambola, melancia, coco. No Batuque-RS melancia e coco
OXALÁ
qualquer espécie da natureza, desde que tenham as cascas claras. Gosta também de coco, sem a casca e fruta-pão No Batuque-RS Uva branca, pêra, bergamota, mamão e coco.
IBEJI
de todas as espécies
OXUMARE
todas da natureza, mas tem preferencia por frutas nas cores amareladas ou esverdeadas, como mamão, melão, laranja uvas verdes, ingá.
BESSEN frutas como banana da terra e acerola
OSSAIM
Todas da natureza. Tamarindo, mamão, goiaba, guaraná
No Batuque-RS pitanga, abacate, figo.
OXOSSI
todas da natureza. Tamarindo, mamão,guarana, banana, coco,goiaba
No Batuque-RS ODE OTIM uva preta, maçã, butiá e araçá
EXU
pôr ser o senhor de todos os caminhos e responsável pelo equilibrio no mundo, pode ser agraciado com todas as espécies de frutas, mas as favoritas dele são: limão, descascado e cortado em cruz, cana, descascada e cortada em rodelas, gabiroba, jaca, manga, goiaba vermelha, jabuticaba, maça, groselha, figo,ameixa
No Batuque-RS BARA manga, ameixa vermelha, butiá, maracujá, cana-de-açúcar, laranja azeda ,laranja de umbigo ,butiá , alfarroba, cola toronja (pomelo),amora.
OBALUAYE
todas da natureza, por ser ele um dos orixás da terra, mas da preferencia para banana de qualquer espécie, manga, mamão, caju, sapoti, jaca, jabuticaba, graviola, avelã, ameixa.
Xangô é a divindade que rege o fogo, o trovão, os raios, muito semelhante à Javé, Zeus, Odin e Tupã. Pode, através da sua justiça, dispensar favores, movendo favoravelmente ventos, raios, trovões para nos defender e para ganharmos causas. A sua Lei é como a rocha, dura, justa, cega... Portanto, devemos pensar duas vezes antes de batermos a mão, a cabeça e clamarmos por justiça, pois se a nossa demanda for justa ele nos amparará e se não for aos rigores de sua lei seremos chamados e o seu raio de correção virá para cima de nós mesmos. Então quando nos sentirmos injustiçados, devemos pedir que Xangô nos esclareça e se estivermos certos então que ele esclareça a outra parte e se esta não ouvir então não precisamos nem pedir, que a lei de ação e reação é automática e se cumprirá a justiça de Xangô em nossas vidas.
O santuário natural, sagrado, ponto de força e habitat, aonde se costuma depositar oferendas é no alto de uma pedreira ou na cachoeira. Na pedreira, com Iansã, Xangô nos traz o arrojo, a determinação, a fortaleza, a segurança, a firmeza e a sustentação. Na cachoeira, junto com Oxum, nos purifica, nos energiza, nos dá vida, vigor, saúde e inteligência.
No esoterismo de Umbanda Xangô é o Senhor das Almas, cujo atributo é a sabedoria a fim de exercer a Justiça Divina, aferindo em sua balança todas as almas. Através da manipulação do elemento fogo, Xangô, mais do que fazer cumprir a lei kármica para todos os seres viventes, ilumina o caminho a ser seguido, bem como ajuda a libertar dos grilhões milenares dos enganos que escravizam a consciência.
Os sincretismos de Xangô na Umbanda
No sincretismo associou-se o Xangô das Pedreiras a São Jerônimo, aquele que amansa o leão e que tem o poder da escrita e o livro onde escreve na pedra suas leis e seus julgamentos. Protetor dos intelectuais, dos magistrados. Já na cachoeira o sincretismo foi com São João Batista, por causa do batismo de Jesus, de lavar a cabeça na água doce para se purificar. Com o poder do fogo de Xangô é queimado, destruído tudo o que é de ruim e ocorre a transmutação trazendo tudo o que é de bom, todo o bem possível, de acordo com o nosso merecimento. Isso é o que pedimos nas fogueiras do mês de junho.
Alguns dizem que São Judas Tadeu, por ter um livro na mão também pode sincretizar-se com Xangô ou que tem uma linha espiritual que atua nas correntes de Xangô. Assim, Tudo o que é ligado a trabalhos e pedidos de estudos, à cabeça, papéis, entregamos a linha de Xangô. Xangô é o grande Rei, poderoso, autoritário, porém que tem compaixão e é justo. Xangô tem autoridade é valente, mas tem um grande e bom coração.
Pertence a 6ª Linha vibratória da Umbanda - Esta Linha dirigida por Xangô, "Orixá do Fogo" sob a orientação de São Jerônimo, também denominado Orixá da Justiça, impõe a justiça, dando castigo a quem merecer. É a Linha na qual aqueles que foram humilhados, serão elevados espiritualmente, os que castigaram, serão castigados e os que se enalteceram, serão rebaixados. Formação da 6ª linha:
Legião de Iansã, chefiada por Santa Bárbara
Legião do Caboclo Ventania (ou dos Ventos)
Legião do Caboclo das Cachoeiras
Legião do Caboclo Sete Montanhas
Legião do Caboclo Pedra Branca
Legião do Caboclo Cobra-Coral
Legião dos Pretos Velhos, integradas por Falanges de todas as raças e dos povos de Quenquelê
Exus ligados a Xangó:
Exu Giramundo
Exu Pedreira
Exu Corcunda
Exu Ventania
Exu da Meia Noite
Exu Mangueira
Exu Calunga
O seu machado é o símbolo da imparcialidade. É uma divindade da vida, representado pelo fogo ardente e por essa razão não tem afinidade com a morte e nem com os outros orixás que se ligam à morte.
Xangô, sincretizado com São João Batista, é também o patrono da linha do oriente, na qual se manifestam espíritos mestres em ciência ocultas, astrologia, quiromancia, numerologia, cartomancia. Por este motivo, a linha dos ciganos vem trabalhar nesta irradiação.
Sincretizado no Rio de Janeiro com São Jerônimo tem o seu dia comemorado em 30 de setembro.
Encontramos também outras datas de comemoração porque este Orixá foi sincretizado com outros Santos Católicos, em função de seus desdobramentos, a saber:
Xangô Alafim-Eché (São Jerônimo - 30 de setembro),
Xangô Abomi (Santo Antônio - 13 de junho),
Xangô Alufam (São Pedro - 29 de junho),
Xangô Agodô (São João Batista - 24 de junho),
Xangô Aganju (São José - 19 de março)
Xangô D’jacutá (sem sincretismo - Regência geral da Linha de Xangô).
Seu número cabalístico é o n° 4 que representa a balança, a justiça, a igualdade, comanda também o nosso sétimo chacra, o kundallini, o único chacra nas nossas costas.
Reino: pedreira.
Força da natureza que rege: trovão.
Cores: marrom, amarelo e às vezes o vermelho, cinza e ainda o roxo.
Elementos: ar e terra.
Dia da semana de vibração maior: quarta-feira
Planeta: Mercúrio
Características dos seus filhos: Rigidez de pensamento tem grande senso de justiça, são pessoas metódicas, equilibradas e tem facilidade no estudo.
Sua pedra é a ágatha de fogo e topázio seu metal o estanho e sua bebida o vinho tinto seco.
Os filhos deste Orixá têm como erva de descarrego a Mangueira e de elevação o Alecrim, o lírio branco e folhas de limão.
Xangô comanda o elemento Fogo, apesar de manipular a água também
Sua Saudação é Caô Cabecile meu pai!
Governante do signo de Sagitário e Peixes, sua vibração representa a Justiça, o idealismo, a honestidade enfim os sentimentos ligados a boa índole.
Os filhos deste Orixá costumam serem honestos, otimistas, sinceros. Entretanto são controladores, rebeldes e donos da verdade.
O sincretismo de São João com Xangô
São João Batista nasceu no dia 24 de Junho. Era filho de Zacarias e Isabel, e primo de Jesus Cristo. Nasceu com a missão de preparar o caminho para a chegada do Messias. Por esse motivo, a imagem de São João Batista é geralmente apresentada como um menino com um carneirinho no colo, pois foi ele, segundo a Bíblia, que anunciou a chegada do cordeiro de Deus, o Cristo Jesus.
Diz a história bíblica, que na antiga Judéia, as primas Isabel e Maria, mãe de Jesus, estavam grávidas. Como moravam distantes, elas combinaram que a primeira a ganhar bebê anunciaria a novidade acendendo uma fogueira em frente à própria casa. Santa Isabel cumpriu a promessa quando do nascimento de seu filho, João Batista.
É considerado o último dos profetas, e o primeiro apóstolo. Os evangelhos dizem que, ainda no ventre de sua mãe, João percebe a presença do Messias, "estremecendo de alegria" na presença de Maria, quando esta ia visitar a prima Isabel. O evangelho de São Mateus fala das pregações e dos batismos que realizava às margens do rio Jordão, não distante de Jericó. Foi João Batista quem batizou o próprio Cristo.
Crítico da hipocrisia e da imoralidade, João Batista condenou publicamente o fato de o rei ser amante da própria cunhada, Herodíades. Salomé, filha de Herodíades, dançou tão bonito diante de Herodes, que este lhe prometeu o presente que quisesse. A mãe de Salomé aproveitou a oportunidade para se vingar: anunciou que o presente seria a cabeça de João Batista sobre uma badeja. João Batista, juntamente com os profetas Elias e Eliseu, é considerado o protótipo do ideal ascético, e modelo de vida perfeita. Podemos dizer até, que ele, João, seria o próprio Agnus Dei (o Cordeiro de Deus), portador e síntese da tradição judaica mais pura, que ardia entre os Essênios daquela época.
O valor simbólico e filosófico de João Batista, portanto, ultrapassa completamente o dogma católico: João batizava os seus adeptos com água (ou seja, utilizando um símbolo material), mas afirmava que o que viria depois dele "batizaria com fogo", isto é, o Espírito Santo.
João Batista é o início santo, além de Virgem Maria, de quem a liturgia celebra o nascimento para o Céu, celebrando o nascimento segundo a carne. Na comunidade religiosa da igreja católica os missionários de São João batista, ou seja, seus membros (sacerdotes ou leigos) consagram a sua vida a Cristo, através dos votos de castidade, obediência, e pobreza. Numa atitude de acolhimento e de disponibilidade, alicerçados no Cristo da Eucaristia, os missionários de São João Batista devem tornar-se para os homens de hoje sinais do Reino e anunciar os caminhos do senhor, a exemplo do seu padroeiro.
Deste modo, o simbolismo de "Yohanan" (João em hebraico) ganha, com os séculos, uma poderosa força, que é cultivada por várias correntes gnósticas até chegar à idade média, na qual hospitalários e templários, desde a sua origem, invocam João Batista para seu patrono. Assim, São João, o fogo e o solstício de verão, no hemisfério norte, estão indissoluvelmente ligados com uma ação, um trabalho essencialmente transformador, no qual o "Fogo Sagrado" agirá, quer como agente hermético-alquímico quer como condição necessária para o trabalho, quer como inteligência criadora, criativa e genial, avessa a qualquer Avatar, porque não reconhece poder na Terra superior a Deus.
Anel de ligação entre a antiga e nova aliança (Moisés e Jesus, respectivamente), João foi acima de tudo o enviado de Deus, uma testemunha fiel da luz, aquele que anunciou Cristo e O apresentou ao mundo.
A tradição da fogueira nasceu antes do Cristo. Queimar fogueiras, naquela época, significava saudar a chegada do verão, e apenas no século VI, o catolicismo associou as comemorações pagãs ao aniversário de São João Batista. Os portugueses no século XIII incluíram São Pedro, e Santo Antônio, e no Brasil, a data é celebrada desde 1583.