sexta-feira, 24 de maio de 2013

FICAR VELHO... O QUE PENSAR?




A velhice


Que os velhos sejam sóbrios, respeitáveis, sensatos,
fortes na fé, na caridade e na perseverança.
(Epístola Paulo a Tito, 2:2.)



Parece contraditório, mas a população idosa do Planeta está envelhecendo. Segundo o prestigioso U. S. Bureau of Census, cerca de três milhões de americanos têm atualmente 85 anos ou mais. É o segmento da população dos Estados Unidos que revela maiores taxas de crescimento, abrangendo o surpreendente valor de 274% entre 1960 e 1994, período no qual a população total cresceu somente 45%. No Brasil a situação é semelhante. O relatório nacional sobre envelhecimento da população brasileira - documento elaborado sob a coordenação do Ministério das Relações Exteriores e com efetiva participação de representantes oficiais dos Estados e da sociedade civil - indica que os brasileiros com idade acima de 60 anos, que representavam, em 1940, 4% da população, passaram para 9% no ano 2000. Além disso tem aumentado o número de pessoas com idade acima de 80 anos, que totalizava 166 mil, em 1940, e quase 1 milhão e 800 mil em 2000 (representando 12,6% da população idosa e 1% da população total).


Divaldo Pereira Franco entende que a "questão da idade é mais psicológica do que real. Certamente [afirma], do ponto de vista fisiológico, o organismo, à medida que o tempo avança, tende a diminuir a sua flexibilidade, o seu equilíbrio, a harmonia das funções. Entretanto, preservadas suas atividades pelo trabalho e equilíbrio emocional, logra manter-se sem maiores danos. É possível conservar a memória ativa, adquirir novos conhecimentos e realizar abençoadas experiências".¹ Destacamos as palavras-chave "trabalho" e "equilíbrio emocional".


As orientações dos modernos tratados de gerontologia especificam que o trabalho é de suma importância para o idoso. Foi-se o tempo em que a pessoa idosa era considerada "inativa" porque obteve aposentadoria, ou "incapaz" por ser velha, sendo, em geral, relegada a segundo plano nas relações familiares e sociais. Entende-se, hoje, que a manutenção da sanidade física e mental da pessoa idosa inclui, necessariamente, uma atividade laboral, remunerada ou voluntária, física ou intelectual, que lhe cause satisfação e que possa ser exercida de acordo com suas possibilidades.


Neste sentido, o Estatuto do Idoso, em vigor desde 1º de janeiro de 2004, determina que o poder público fica responsável por criar programas de profissionalização para idosos e estimular projetos sociais voltados para maiores de 60 anos. Além disso, também deve criar estímulos para que as empresas privadas admitam trabalhadores idosos (artigo 28). " [...] é indispensável que a nossa vontade abrace espontaneamente o trabalho por alimento de cada dia",² esclarece Emmanuel. Entretanto, não basta trabalhar por trabalhar, ou, consoante a afirmação do autor de Ave, Cristo!:


"Não vale, contudo, agir por agir.

As regiões infernais vibram repletas de movimento.

Além do trabalho-obrigação que nos remunera de pronto, é necessário nos atenhamos ao prazer de servir.

Nas contingências naturais do desenvolvimento terrestre, o espírito encarnado é compelido a esforço incessante [...].

Cativo, embora, às injunções do plano de obscura matéria em que transitoriamente respira, pode, porém, desde a Terra, fruir a ventura do serviço voluntário aos semelhantes todo aquele que descerre o espelho da própria alma aos reflexos da Esfera Divina.

O trabalho-ação transforma o ambiente.

trabalho-serviço transforma o homem".³



O equilíbrio emocional é outro ponto fundamental. Por preconceito ou desinformação, há quem confunda a fragilidade física dos idosos com desequilíbrio psíquico. Uma coisa não guarda relação com a outra. Em países desenvolvidos há programas sérios, governamentais e não-governamentais, destinados à promoção e à preservação da saúde física e mental dos mais velhos. "No Japão, a idade avançada é símbolo de status. [...] Na comemoração do sexagésimo aniversário de um homem, ele veste colete vermelho que simboliza o renascimento para uma fase avançada da vida. [...] Nos Estados Unidos [...] o envelhecimento é considerado indesejável. Embora todo mundo queira viver por muito tempo, quase ninguém quer ser velho, palavra que tem conotação de fragilidade física, mentalidade estreita, incompetência e perda de atratividade. Eufemismos como senhor de idade e idade de ouro são respostas ao preconceito de idade - preconceito ou discriminação, geralmente contra pessoas mais velhas, com base na idade". 4


A Doutrina Espírita nos ensina que o equilíbrio espiritual se obtém pelo conhecimento aliado à prática da caridade. Qualquer um de nós, independentemente da idade ou saúde, tem condições de fazer o bem, preservando, assim, o próprio equilíbrio. O modelo a seguir, ainda segundo Emmanuel, é simples:  "[...] inspirados na lição do Senhor, os vanguardeiros do bem substituem os vales da imundície pelos hospitais confortáveis; combatem vícios multimilenários, com orfanatos e creches; instalam escolas, onde a cultura jazia confiada aos escravos; criam institutos de socorro e previdência, onde a sociedade mantinha a mendicância para os mais fracos. E a caridade, como gênio cristão na Terra, continua crescendo com os séculos, através da bondade de um Francisco de Assis, da dedicação de um Vicente de Paulo, da benemerência de um Rockfeller ou da fraternidade do companheiro anônimo da via pública, salientando, valorosa e sublime, que o Espírito do Cristo prossegue agindo conosco e por nós". 5


Considerando que o Centro Espírita é escola de formação espiritual e moral, um núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e trabalho, deve, nesse contexto, desenvolver ações de atendimento aos idosos, amparando-os na velhice.

Velhos ou moços, o que importa é o que realizamos de bom e de útil na vida. São, pois, atuais estas orientações transmitidas por Jesus a Simão Pedro, registradas por Humberto de Campos:

" [...] se fôssemos contar o tempo, na ampulheta das inquietações humanas, quem seria o mais velho de nós?  A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiênca e da sabedoria. Há ramagens que morrem depois do primeiro beijo do sol, e flores que caem ao primeiro sopro da primavera. O fruto, porém, é sempre uma bênção do Todo-Poderoso. A ramagem é uma esperança; a flor uma promessa; o fruto é realização. Só ele contém o doce mistério da vida, cuja fonte se perde no infinito da Divindade..." 
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Referências:
¹ FRANCO, Divaldo P. Laços de família. Por autores diversos.
² XAVIER, Francisco C.  Pensamento e vida.  Pelo Espírito Emmanuel.
³ Idem, ibidem.
4 PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally W. Desenvolvimento Humano.
5 XAVIER, Francisco C.  Roteiro.  Pelo Espírito Emmanuel.
6 ______, Boa Nova. Pelo Espírito Humberto de Campos.





Fonte: O Reformador 2.130, setembro/2006.


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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Mulheres abusadas sexualmente seguram frases ditas pelo violentador


Projeto amplia o olhar para uma realidade cruel vivida por mulheres em todas as partes do mundo. Vítimas de abusos sexuais são fotografadas segurando frases ditas pelo violentador antes, durante ou depois do estupro

Em outubro de 2012, a fotógrafa Grace Brown, que mora em Nova Iorque, desenvolveu o blog “Project Unbreakable” (Projeto Inquebrável). A ideia consiste em fotografar pessoas, que sofreram abusos sexuais durante a vida, com frases que abusadores lhes disseram antes, durante ou depois dos estupros.
O projeto de Grace, ao mostrar as frases ditas pelos estupradores, alerta para uma realidade bem comum. As mulheres estão denunciando cada vez mais os que as violentam. De Nova Délhi ao Rio de Janeiro, os casos estão tendo grande apelo na mídia. No Brasil, de 2009 até 2012, houve aumento de 157% de registros de denúncias de estupros, segundo a Secretaria de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
A coragem feminina, ao que parece, ainda não inibe a ação dos criminosos. São Paulo registrou, segundo a Secretaria de Segurança Pública, no primeiro trimestre de 2013, um aumento de 26% de casos. Partindo de 688 em, 2012, para 867, neste ano.
Leia também
No Rio de Janeiro, o avanço é mais agudo. O primeiro trimestre de 2013 teve 405 estupros a mais que o mesmo período de 2012, um aumento de 36%. Recentemente, uma mulher foi abusada sexualmente dentro de um ônibus durante um assalto. Os números são da Secretaria de Segurança Pública.
Confira abaixo algumas imagens do “Project Unbreakable”.
abusada sexualmente projeto“Seus pais foram jantar, mas não se preocupe – eu vou cuidar de você.”
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abusada sexualmente projeto“Você é uma menina má, não eu. Se lembre que você começou tudo isso.”
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abusada sexualmente projeto“Você gosta disso?”
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abusada sexualmente projeto“Você é bonita demais pra ser lésbica.”
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abusada sexualmente projeto“Ande logo e arrume essa bagunça” – ele se referindo ao sangue e sêmen no chão.
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abusada sexualmente projeto“Me dê um beijo de boa noite.”
Veja mais fotos do projeto aqui.
Se você também sofreu algum tipo de abuso sexual e quer participar do projeto, basta entrar em contato pelo email: projectunbreakablesubmissions@gmail.com.
Igor Carvalho, Revista Forum

Qual o segredo do sucesso pessoal e profissional? Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/qual-o-segredo-do-sucesso-pessoal-e-profissional/





Qual o segredo do sucesso pessoal e profissional?




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Existe um fato comum à vida dentro e fora das empresas: as oportunidades estão próximas, no entanto, se desejamos maior variedade, maior fartura de oportunidades, novas vivências, experiências, etc., devemos ir além de nossos limites territoriais. Devemos ir onde nunca exploramos, onde nunca estivemos, degustar novos produtos, novas experiências, novos sabores.

Precisamos de invenção em detrimento à adivinhação. E assim funciona na vida da gente também. Tanto pessoal quanto profissionalmente, quando inventamos, criamos caminhos, criamos alternativas de novas saídas, novos mercados. Quando inventamos, criamos novas possibilidades de resultados. Se ficarmos esperando as respostas caírem do céu, quase nunca sairemos da mesma posição.

Muitas pessoas ficam esperando pelo acontecimento de algo em suas vidas e não mudaram o próprio curso do destino. Pior, o destino os presenteia com a chamada passividade e eles passam a ser coadjuvantes das vidas dos que realmente inventam o próprio destino. Isso tem a ver com sermos normais e o que chamo de “anormais”.

Os normais são os que fazem sempre as mesmas coisas e, obviamente, obtém sempre os mesmos resultados. E a vida é assim: se fizermos diariamente o mesmo, colheremos sempre as mesmas coisas.

Os anormais são os que quebram regras, os que muitas vezes simplificam. É verdade! As coisas, as rotinas, com o tempo, tendem em muitos casos à sofisticação e burocratização. Um banho de simplificação é saudável a todas as pessoas em vários segmentos.

Os anormais também são questionadores. São questionadores que vão além da simples respostas aos seus por quês! Questionam já com uma intenção de aperfeiçoamento, de crescimento, de evolução. Muitas vezes, tal questionamento visa a própria simplificação.

Os anormais mostram novos caminhos e são extremamente proativos.

É importante ressaltar que proatividade tem a ver com ter iniciativa. Tem a ver com ir além, superar as expectativas iniciais!

Quando um funcionário é contratado para exercer uma função e fica restrito ao que foi solicitado, mostra-se limitado mentalmente ao seu território. Não avança, não vai além, não supera expectativas, é o normal.

Se ele amplia sua visão territorial, sugere melhorias, envolve-se com o trabalho como um todo, mostra comprometimento, ele é proativo! Ele é um anormal!

Outro detalhe interessante é que o comprometido está a anos luz de distância do disponível. O disponível está ali de corpo presente e até dispõe-se a ficar até mais tarde, dispõe-se a carregar um equipamento, fazer a mudança, etc. O comprometido evita o desperdício de tempo, de energia. Ele pensa e age antes de ser solicitado...

Portanto, o anormal é proativo e também comprometido.

O proativo está sempre em estado de MELHOR EU, que representa buscar o crescimento, a conquista sem nunca prejudicar colegas, sem puxar tapete, sem chutar canela, sem subir a qualquer custo. O contrário será sempre o MENOR EU... O famoso colega que busca levar vantagem em todas as circunstâncias...que pena... 




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Um avião geralmente sai de um aeroporto e chega a outro... Tudo dentro de um planejamento, usando os melhores instrumentos para garantir a qualidade do voo. O que gostaria que refletisse comigo é sobre onde construiremos as melhores pistas de pouso para nossos projetos pessoais e profissionais. Se continuarmos a fazer o que sempre fizemos, encontraremos sempre os mesmos resultados. É a lei da vida e da mesmice...

Somente mudaremos os destinos de nossas vidas com atitudes planejadas e estruturadas hoje. Pouquíssimas pessoas realizam-se por uma coincidência do universo. Outras fazem um planejamento no subconsciente, de forma tão energizada e pouco explícita, que seus projetos acontecem parecendo obra do acaso, mas não são. Tem toda uma energia fluindo para que suas metas e realizações venham à tona.

Tudo na vida começa com um sonho. Sonho de consumo, de adquirir, possuir, de ter e de ser.

Sonhar com um bem, um carro novo, uma casa, uma viagem ao exterior, um novo emprego, novo cargo, nova carreira, novo negócio... Tudo na vida é sonhado! Sonhar é o primeiro passo de qualquer realização.

O processo de sonhar é como se aparecesse um balãozinho de impulso pelo que fazer, o que realizar. É o fato em si.

Depois que sonhamos, o passo seguinte é desejarmos.

O momento do desejo é aquele em que criamos cenas pessoais usufruindo do sonho. Funciona como uma mini-série em nossas mentes, uma novela. Desejar é o passo onde nos enxergamos na situação, degustamos a experimentamos no subconsciente os prazeres e fatos transformacionais.

Conheci um empreendedor que sonhava com seu restaurante. Quando construía os enredos do empreendimento em sua mente, fechava os olhos para não mais voltar ao mundo real. E pasme, chegava a sentir o cheiro dos pratos que pretendia oferecer...

O que fico intrigado é que muita gente sonha e deseja; sonha e deseja; sonha e deseja... e para por ai...falta um passinho para que as coisas aconteçam, para que os sonhos se realizem, mas não acontece mais nada... Exatamente como se fosse impossível o passo seguinte...

Se você simplesmente sonhar, desejar e parar por ai, você vai “deixar a vida lhe levar”.

É a tal diferença entre inventar um futuro ou adivinhar um futuro! Quem fica tentando adivinhar o que vai acontecer não constrói, não intercede na produção da própria vida! Quem inventa, faz a diferença, pois cria os caminhos possíveis e até os impossíveis!!

Se você simplesmente sonhar e desejar, garanto que com raríssimas exceções nada acontecerá se não colocarmos METAS. As metas é que definirão de onde sairemos e onde chegaremos com nossas vidas e nossos sonhos!

E então? Para onde vai a aeronave da sua vida?

O momento é de ação! Voe alto com sua vida!!

Dill Casella

Fonte: www.dill.com.br


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quinta-feira, 16 de maio de 2013

As oferendas tradicionais dos Orixás Por: Pai Paulo de Oxalá em 09/05/13 02:10


As oferendas aos Orixás são no intuito de súplica ou agradecimento. Cada Orixá tem sua oferenda predileta. Aqui estão relacionadas às mais tradicionais:
Exu: mia ìyèfun: farofa de dendê.
Ogum: isu oyin: inhame assado regado com mel.
Oxóssi: asoso (axoxô): milho vermelho com coco.
Logum Edé: àbàrà: massa de feijão fradinho na folha de bananeira.
Ossaim: ànàmó àyangbe: aipim assado com lascas de fumo de rolo.
Oxumarê: ògèdè àiyé epo: banana da terra frita no dendê.
Omolu: èwà dúdú epo: feijão preto no dendê.
Obaluaiyê: gúgúrú: pipoca na areia de praia ou dendê.
Nanã: efó: feijão roxinho com taioba.
Yemanjá: ìrésì pèlú eja: arroz com peixe por cima.
Oxum: omolókun (omolucum): feijão fradinho com camarão seco, cebola, enfeitado com ovos.
Yansã: àkàrà (acarajé): massa de feijão fradinho feito bolinho, frito no dendê.
Xangô: àmàlà: quiabo em miúdos com camarão, cebola e dendê.
Euá: èbegiri: feijão fradinho com taioba.
Obá: ilá eranle abo epo: quiabo com carne de cabra no dendê.
Ibeji: ilá omo adiye (caruru): quiabo com pedaços de frango.
Oxaguian: isu folú bóólù: inhame amassado feito em bolas.
Oxalufan: ègbo owú: canjica coberta com algodão.
Axé!

Como surgiu o Candomblecês (Jargões de Candomblé)


Por: Pai Paulo de Oxalá em 
Quando o Candomblé foi organizado aqui, no Brasil, as três principais nações ou segmentos étnicos religiosos (Kétu, Jeje e Angola) conservaram os seus idiomas originais, mas acrescentaram ao dia a dia palavras em comum aos três segmentos, como é o caso de se chamar as Divindades africanas de "Santo". A associação Santo-Òrìsà foi por conta da imposição da cultura dominante que obrigava os escravos a se converterem ao catolicismo. A palavra Òrìsà significa Divindade ou para alguns pesquisadores a palavra vem de Orí (cabeça) + Sà (Senhor) o que resulta em: "Senhor da cabeça".
De um modo geral, outras palavras também ficaram comuns ao uso diário no Candomblé, como por exemplo, Erê que vem de Siré (brincar ou fazer brincadeira). Erê ficou para indentificar criança ou Divindade infantil e Siré (xirê) para as festas públicas dos Orixás. Criança em yorubá é Omodé.
Aqué, que ficou para designar dinheiro, vem da língua Ewê, sendo o nome de um pequeno tambor feito de cabaça. Dinheiro em yorubá é Owó e em kimbundo, Njimbo.
Pessoas, situações, alergias a alimentos, tabus, coisas proibidas ou inconvinientes são chamadas de Uó que vem do yorubá Ewò ou no Kimbundo, Kizila. Outras que ficaram superpopulares são: Adé para designar o gay ou homossexual masculino que em yorubá é Asebíabo (Axebiabó) e Mona-ocó, para designar o homossexualismo feminino. Sendo esta última uma junção da palavra Kimbundo: Monan (filha) e do yorubá: Oko (homem). Já em yorubá, o homossexualismo feminino é Asebíako (Axebiacó).
Acarajé que vem do yorubá Àkàrà significa bolo ou pão. Temos ainda do Kimbundo a palavra Macumba, que por falta de conhecimento é usada de forma pejorativa para designar os rituais dos Cultos Afro-Brasileiros. Macumba vem de Mukumbu um instrumento musical semelhante ao reco-reco ou ainda Dikumba que significa cadeado ou fechadura. Poderíamos citar outras palavras que se tornaram jargões no Candomblé. Mas o que são os jargões?
O jargão é um tipo de código linguístico, sendo um conjunto de termos ou expressões comuns a um grupo de pessoas ou especialistas. Grupos especializados em economia, direito, informática, publicidade, jornalismo e de outras atividades na sociedade tem o seu código linguístico. Uma das características de um código é que, para ser compreendido, tanto o emissor como o interlocutor devem conhecê-lo muito bem. Na nação Kétu, por exemplo, Mutumbá, do yorubá Túnbá, significa reverenciar, curvar-se, render-se a. Daí a saudação Mo+ Túnbá + Àse! (Eu o reverencio com axé!).
Resumidamente, jargão é o modo específico de um grupo falar e o Candomblé como todo grupo organizado, tem os seus jargões ou Candomblecês.
Axé!


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/religiao-e-fe/pai-paulo-de-oxala/como-surgiu-candombleces-jargoes-de-candomble-8405766.html#ixzz2TTDhmdo9